CANTAR ALENTEJANO
Vicente Campinas*
Chamava-se Catarina
O Alentejo a viu nascer
Serranas viram-na em vida
Baleizão a viu morrer
Ceifeiras na manhã fria
Flores na campa lhe vão pôr
Ficou vermelha a campina
Do sangue que então brotou
Acalma o furor campina
Que o teu pranto não findou
Quem viu morrer Catarina
Não perdoa a quem matou
Aquela pomba tão branca
Todos a querem p’ra si
Ó Alentejo queimado
Ninguém se lembra de ti
Aquela andorinha negra
Bate as asas p’ra voar
Ó Alentejo esquecido
Inda um dia hás-de cantar
* Este poema foi musicado por José Afonso, no álbum «Cantigas de Maio», editado no Natal de 1971
A mais recente paixão renascida, um amor de longa data dos tempos idos de infância em Vila Nova da Baronia, está-me no coração e nas palavras: Baleizão.
Aldeia alentejana, ruas caiadas, cheiro de madeira, rostos de gente talhada pelos sóis de planícies douradas.
Baleizão e Alcaide, duas aldeias, uma de cale, outra de pedra... Ambas no meu coração beirão partilhando alegrias com um coração alentejano! Os locais podem não ser novos, e as vivências serem duplicadas mas comigo viste o verde puro do teu Alentejo...
Alentejo e Beira Baixa, o melhor de um só país!
Obrigada por comigo partilhares as tuas raízes e me teres feito apaixonar também por Baleizão!
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