A amizade é indispensável ao homem para o bom funcionamento da sua memória. Lembrar-se do passado, trazê-lo sempre consigo, é talvez a condição necessária para conservar, como se costuma dizer, a integridade do eu. Para que o eu não encolha, para que mantenha o seu volume, é preciso regar as recordações como as flores de um vaso, e essa rega exige um contacto regular com testemunhas do passado, isto é, com amigos. Eles são o nosso espelho, a nossa memória; não se exige nada deles, apenas que de vez em quando puxem o lustro a esse espelho para que nos possamos mirar nele. (...)A amizade era para mim a prova de que existe qualquer coisa mais forte do que a ideologia, a religião ou a nação.
(Milan Kundera- A IDENTIDADE)
A todos os meus amigos, que complementam a minha vida de igual forma que a minha vida complementa a deles, queria ter a palavra certa, no momento exacto e de uma forma correcta. Mas a minha constante inconstância faz com que por vezes que a palavra saia incompleta, o momento seja tardio, e a forma seja a mais inesperada.
quarta-feira, 2 de agosto de 2006
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