terça-feira, 5 de setembro de 2006

Traço os caminhos da minha vida, seguro-a com a força ampliada para que não me escape nenhum segundo. Todos os momentos são válidos, todos os dias anseio por um momento melhor que o momento vivido antes.
Sorrio, porque a sorrir é mais fácil esconder as mágoas e lacunas de felicidade. Não há pessoas felizes, existe uma balança que nos equilibra entre as experiências boas e felizes e as que nos marcam de forma positiva e aquelas que nos magoam como facas aguçadas mas que nos fortalecem. Aprender a erguer a cabeça e iluminar o semblante, por muito que custe às vezes abrir os olhos e olhar em frente.
As pegadas deixadas para trás passam com as ondas que beijam o areal, são memórias gravadas num canto do pensamento e quando se pensa em parar e esperar eis que surge um raio de sol, quente.
Alguém que transponha a muralha que criei em volta de mim, nada mais peço que isso. Um afecto, um abraço... Karma desmesurado que tento combater de punhos cerrados. Aperto a areia como se fosse aquilo que a vida me dá de bom mas há sempre uns grãos que caem e o que é bom termina rápido e volto à monotonia de ser apenas eu.
Quero seguir pelos caminhos longínquos, aqui nada me prende. Não tenho amarras e ando no vai e vem de ondas que rebentam contra mim...

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