sábado, 31 de março de 2007

Retro

Um dia procurei dentro de mim um tesouro. Queria descobrir aquilo que sempre tentei ser, mas que pela vida, pelo corropio desenfreado se vai calcando e calcando dentro de nós. Esqueço-me de mim, não pelos outros mas pelo ócio que nos atinge diariamente...
Quantas vezes chorei sem razão, perdida em mim mesma? Quantas vezes tentei andar e sentia-me presa ao chão? Sim, chorei por mim, é por mim que choro quando a tristeza me invade e é por mim que me alegro quando a vida me sorri e eu lhe estendo a mão.
Tento voltar-me para mim mesma, descobrir quem sou.

Ontem tive uma tertúlia com uma pessoa que se quer tornar um mito e percebi que não penso sozinha sobre vários aspectos da vida.
O facto de termos instantes só nossos não nos torna distantes, não nos torna frios, não nos torna em monstros incapazes de amar. Torna-nos sim pessoas na sua totalidade, capazes de nos afastarmos mas continuarmos próximos. Não é com sela que domas cavalo selvagem, é com amor e dedicação e espaço para ele correr.
Consegui desabafar, consegui dizer coisas que nem eu conseguia explicar.

Se ainda não encontraste a tua metade da Laranja, não desanimes! Procura a tua metade do Limão, mete gelo e açúcar...

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