Os dragões moram no ar, nas águas e nas profundezas da Terra; eles são o elo de ligação entre todas as instâncias cósmicas. Eles trazem chuva, sendo fonte de fertilidade e removem infortúnios principalmente no ano novo. Eles são também criaturas de velocidade e poderes perigosos.
A imagem mais conhecida dos dragões é a oriunda das lendas européias (celta/escandinava/germânica) mas a figura é recorrente em quase todas as civilizações antigas. Talvez o dragão seja um símbolo chave das crenças primitivas, como os fantasmas, zumbis e outras criaturas que são recorrentes em vários mitos de civilizações sem qualquer conexão entre si.
Nos mitos do extremo oriente os dragões geralmente desempenham funções superiores a de meros animais mágicos, muitas vezes ocupando a posição de deuses. Na mitologia chinesa os dragões chamam-se long e dividem-se em quatro tipos: celestiais, espíritos da terra, os guardiões de tesouros e os dragões imperiais. O dragão Yuan-shi tian-zong ocupa uma das mais altas posições na hierarquia divina do taoísmo. Ele teria surgido no princípio do universo e criado o céu e a terra. Nas lendas japonesas os dragões desempenham papel divino semelhante. O dragão Ryujin, por exemplo, era considerado o deus dos mares e controlava pessoalmente o movimento das marés através de jóias mágicas. Já no Oriente Médio os dragões eram vistos geralmente como encarnações do mal. A mitologia persa cita vários dragões como Azi Dahaka que atemorizava os homens e roubava seu gado (e que provavelmente foi uma alegoria mística da opressão que a Babilônia exerceu sobre a Pérsia na antiguidade clássica). Na mitologia babilônica todos os deuses descendiam do dragão-fêmea (ou dracena) Tiamat, mas essa começou a enxergá-los como um estorvo e planejou matá-los. Seus planos foram frustrados pela deusa Era que matou seu consorte Apsu. Posteriormente, Tiamat foi morta pelo deus Marduk.
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