Esta imagem foi tirada numa lixeira nos subúrbios do Rio de Janeiro (lixão de Belford Roxo), onde os olhares e câmaras fotográficas do turista não chegam.
Enquanto uns se deliciam nesta época festiva com repastos fartos, existem crianças e adultos que vivem no limiar da pobreza e que nem por isso deixam de sorrir, tal como faz esta criança brasileira.
Peço perdão pela dureza nas imagens mas nós ocidentais, europeus, vivemos rodeados de bens materiais e por vezes qualquer enxaqueca é motivo de uma grande tempestade num copo de água e ponderando bem, é um mal menor.
Neste espaço que falo, co-habitam pessoas, porcos, urubus, todos atrás do mesmo: sobreviver.
As pessoas apanham qualquer alimento e pôe-no na boca, onde no local são despejadas 200 toneladas de lixo por dia sem qualquer tratamento.
Não quero mudar o Mundo, muito menos as pessoas. Quero apenas consciencializar que quando reclamamos da vida, deveríamos reflectir sobre todas as desigualdades que se passam pelo mundo fora... Basta sairmos e vaguearmos pela nossa própria realidade, a realidade lisboeta, em que se mendiga não apenas por comida mas também se mendiga por um olhar humano.
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