Capri Sonne

Como eu adoro os clássicos!

Good old Capri-Sonne...

Não é, de todo, hype, fashion... Vejamos:
- não tem L. casei imunitas
- não tem aloe vera
- não tem lacto bacilus
- não tem esteróis vegetais
- não tem aminexyl
- não tem elastano
- não tem microdermoabrasão
- não tem cafeína
- não tem fibra
- não é uma mistura de manga-melancia-uva do monte-kiwi-paprika
- não é chá
- não tem bolhinhas
- não tem álcool
- não tem pedaços de cheesecake
- não emagrece
- não faz despejar o intestino a horas regulares
- não aspira
- a embalagem, quer dizer, aquilo é embalagem? E o design? Hellooo!
Senhores da Capri sonne, por favooooor! Se calhar é melhor dizer "Herrs von Capri Sonne" que o suminho é originário do tão belo país Deutschland... Paaal-leeease! Agora tá na moda as assimetrias, transparências, os pretos e brancos. Trendy, 'tão a ver? Retro-chic!

Gosto de ser da geração Capri-sonne. Das tardes em que ia com os meus pais à tarde à pastelaria, comer um bolinho e beber essa que, sabemos hoje, é uma mixórdia com sabor a plástico oxidado. E quando ia passar férias e fins-de-semana à terrinha e a minha avó Margarida tinha o suminho à minha espera... Nas excursões da escola e em família por esse Portugal fora, a bela da caixa azul carregada de águas e... CAPRI-SONNE!
Doce. Fresco. Sabia bem. Sabe a infância, aquela que não tinha aqueles ingredientes todos para o colesterol, para funcionar o intestino, e mesmo assim... estamos vivos...
E admito que somos das gerações mais criativas que existe... mais ambiciosas e mais inventivas! Como eu adorei os "eitis" e os "neitis"!

Ah, e lê-se "cápri sóne"!